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Excesso de clorato na água, quais os riscos?


A Portaria GM/MS nº 888/2021, estabelece as regras e os procedimentos para que os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e Soluções Alternativas Coletivas (SAC), realizem o controle de qualidade das águas in natura e tratadas destinadas ao consumo humano através da determinação de limites máximos de concentração permitidos (VMP) para parâmetros químicos, físicos, microbiológicos e radioquímicos que devem ser analisados na água bruta (antes do tratamento e desinfecção) e na água tratada, os quais possam representar riscos à saúde humana. O Anexo 9 da Portaria nº 888/2021 define os parâmetros que devem ser analisados semestralmente e havendo qualquer não conformidade, deve ser elaborado um plano de ação para investigação e eliminação ou mitigação das causas da contaminação encontrada.

Os produtos mais comuns utilizados em sistemas de desinfecção da água são o Dióxido de Cloro e o Hipoclorito de Sódio, produtos químicos oxidantes e fotossensíveis, popularmente conhecidos apenas como Cloro, sendo o Hipoclorito o mais utilizado. Contudo, após a sua degradação em processos que ocorrem naturalmente, podem dar origem ao Clorato, um subproduto do processo de desinfecção, que em caso de estar acima do Valor Máximo Permitido (VMP), podem representar riscos à saúde humana, sobretudo por sua ação desreguladora endócrina sobre a glândula tireoide. O Anexo 9 da Portaria 888/2021 estabelece que a concentração máxima de Clorato na água tratada deve ser de no máximo 0,7 mg/l.


O que fazer caso a concentração de Clorato na minha água for maior que o VMP?

Em primeiro lugar é importante saber quais são os fatores que contribuem para a aceleração da degradação do Hipoclorito de Sódio. De acordo com a Revista TAE – Especializada em tratamento de águas e efluentes, são eles:

•    Data da fabricação: quanto mais antiga a solução de hipoclorito, mais rápida é a sua degradação e por consequência a formação de Clorato;
•    Concentração da solução: quanto maior a concentração da solução de hipoclorito, maior a sua degradação;
•    Temperatura de armazenamento: quanto mais elevada a temperatura, maior a produção do Clorato;
•    pH da solução: o hipoclorito de sódio é tipicamente formulado para ter um pH na faixa de 12 – 13 para minimizar a produção de Clorato no armazenamento, tornando-o um produto químico altamente cáustico e que requer cuidado no manuseio e supervisão de segurança.


Em caso de quaisquer não conformidades é recomendada a realização de novas coletas e análises, e caso os resultados sejam confirmados, devem ser adotadas ações com o propósito de minimizar a produção de Clorato, tais como:

•    Resfriar o local de armazenamento do Hipoclorito, para desacelerar a sua degradação;
•    Exigir dos fabricantes a rotulagem do lote e data de produção da Solução;
•    Limitar a quantidade/volume de compra e definir um tempo máximo de armazenamento;
•    Comprar soluções de Hipoclorito com concentrações mais baixas, ou diluir a sua concentração antes do uso, retardando a sua degradação.


A Sevenlab Soluções Ambientais Integradas é especializada na gestão de recursos hídricos e oferece soluções completas para a regularização, controle de qualidade analítica, tratamento e desinfecção da água de SAAs e SACs, garantindo segurança e tranquilidade para todos os usuários de água.

Por Engª Amanda Cassab e Biólogo Rogério Andrade
Departamento de Engenharia e Consultoria Ambiental Sevenlab

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